São Paulo, SP (junho de 2022) – Enquanto a participação masculina no mercado de cosméticos vem aumentando significativamente nos últimos anos, a presença deles em consultórios médicos ainda é considerada longe do ideal. De acordo com o Ministério da Saúde, 70% das pessoas do sexo masculino que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos.  

Dados da pesquisa ‘Um Novo Olhar para a Saúde do Homem’, promovida pelo Grupo Abril, em parceria com o Instituto Lado a Lado pela Vida, aponta que 59% dos entrevistados não costumam ir ao urologista e 43% não fazem exames cardiológicos com regularidade. E, segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do homem é de 73,1 anos e a da mulher, de 80,1. Entre as causas de morte prematura estão à violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares e infartos.

O Dr. Alexandre Sibanto Simões, urologista do Hospital da Luz, reforça que os homens precisam dar mais atenção à saúde. “Fazer exames regularmente, cuidar da alimentação e ter bons hábitos contribuem para uma vida mais saudável e longínqua. É muito comum as mulheres agendarem as consultas dos maridos, pais e irmãos, pois eles não tomam a iniciativa mesmo se queixando de alguns sintomas”, explica. “Um dos exemplos é o de homens com mais de 50 anos de idade que nunca fizeram o exame de próstata – que deve ser realizado anualmente a partir dos 45 anos. Como na fase inicial a doença não costuma apresentar sintomas, a prevenção continua sendo a melhor opção para acompanhar e tratar com mais chances de cura caso seja detectado um tumor”.

O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte em homens. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 65 mil homens devem ser diagnosticados com a doença em cada ano do triênio 2020/2022. Mas o Dr. Alexandre ressalta que não é apenas o câncer de próstata que deve chamar a atenção dos homens para o cuidado com a saúde. “Há questões individuais que precisam ser levadas em consideração como diabetes e pressão alta”, conclui o especialista.